ECOS DA IMORTALIDADE
(A HERANÇA DA CIVILIZAÇÃO VÉDICA)
Grandes civilizações que marcaram a história, como gregos, egípcios, babilônios, maias, astecas, fenícios, sumérios, atlantes e muitos outros, tiveram seu apogeu e subsequente declínio. Hoje, as conhecemos somente por suas ruínas, artefatos ou pelas narrativas nostálgicas de seus descendentes ou admiradores. No entanto, a civilização védica é a única que ainda se encontra acessível aos olhos da humanidade, com a maior parte de sua tradição preservada e sendo praticada não só na Índia, mas também no mundo.
No livro Arqueologia Proibida (a versão gratuita para download chama-se A História Secreta da Raça Humana), de Michael Cremo e Richard Thompson, encontramos uma coleção imensa de evidências arqueológicas que apontam para o fato de a civilização humana estar presente neste planeta há aproximadamente dois bilhões de anos. Apesar de parecer um exagero se comparado às tabelas atuais, este número é o mesmo apresentado nos Vedas e confirmado pelos grandes sábios indianos ao longo da história. No entanto, todos os artefatos encontrados que provam esta datação foram censurados pelos departamentos de arqueologia de diferentes países e permanecem guardados em salas secretas de museus e universidades. Os autores do livro, todavia, tiveram acesso a muitas destas evidências e puderam remontar o grande quebra-cabeça da origem da humana, corroborando a narrativa da literatura védica.
Para explicar sobre a criação do Universo e a existência de Deus, os Vedas utilizam-se de uma metodologia científica, evitando assim que a fé seja o único instrumento determinante para a fundamentação de seus dogmas. A essência deste modus operandi védico foi muito bem definida por um de seus maiores preconizadores, A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, que declarou: “Ciência sem religião é ateísmo e religião sem ciência é fanatismo”.
Diferente do que é ensinado nas escolas e universidades contemporâneas, os diferentes ramos da ciência já haviam sido revelados nos Vedas e expandidos ao longo dos séculos pelos cientistas védicos, também conhecidos como munis ou rishis. O famoso teorema de Pitágoras, por exemplo, já estava descrito no livro Sulba-sutras de Baudhayana, em 800 aC. Bem como a primeira universidade conhecida pela história moderna situava-se em Taxashila, no estado do Punjab, norte da Índia, por volta de 1.000 aC.
O átomo, por exemplo, não foi uma descoberta de John Dalton, mas sim uma teoria já apresentada no Shrimad Bhagavatam, de Vyasadeva, há cinco mil anos. A própria matemática é considerada pelos europeus como sendo uma criação do povo árabe, porém, eles mesmos dizem que aprenderam esta ciência com os hindus. Além da matemática, química, biologia, engenharia civil e naval, física, arquitetura, astronomia, aeronáutica etc., também foram apresentadas pela primeira vez nos Vedas.
Apesar dos esforços de cristãos, muçulmanos e budistas para subjugar e destruir a cultura védica, esta tradição continua se adaptando e se expandindo, não apenas em sua terra natal, a Índia, mas por todos os países do mundo, os quais num passado remoto também fizeram parte do império védico. Ao adotarem os preceitos socioespirituais preconizados nas escrituras védicas, filósofos, cientistas, artistas e cidadãos comuns do mundo inteiro têm sido capazes de encontrar respostas para as perguntas mais desafiadoras e soluções para os problemas mais complexos da vida terrestre.
O escritor alemão Hermann Hesse também foi um simpatizante da filosofia védica e com frequência tecia elogios a ela: “A maravilha do ‘Bhagavad-gita’ é verdadeiramente uma bela revelação da sabedoria de vida que permite a filosofia florescer como religião”. O Filósofo e escritor norte-americano Ralph Waldo Emerson também declarou: “Guardo profunda gratidão pelo ‘Bhagavad-gita’. É como se um império nos falasse, nada pequeno ou indigno, porém grande, sereno, consistente como a voz de uma inteligência ancestral que, em outra época e contexto, havia ponderado e assim respondido às mesmas perguntas que hoje nos afligem”.
O indólogo alemão Max Müller, um dos principais agentes do domínio cultural britânico sobre a Índia, ajudou os ingleses na criação de um plano de depreciação da cultura védica chamado a “teoria da invasão ariana”. Esta teoria afirma que o povo ariano, os criadores da cultura védica, teriam invadido a Índia por volta de 1.500 a.C, impondo sua cultura sobre os nativos indianos, que deveriam acreditar terem sido sempre dominados por outros povos, e, portanto, deveriam, mais uma vez, submeter-se ao domínio britânico. Mas, como todos sabemos com segurança, a origem do povo ariano é a própria Índia, tendo em vista que todo o cenário descrito nos Vedas pertence ao território indiano.
A despeito de todos os esforços dos ingleses para minimizar a importância da cultura védica, esta continuou viajando para além das fronteiras da Índia, conquistando novos adeptos, incluindo o próprio Max Muller, que ao final de sua vida tornou-se um profundo admirador desta cultura. Em um de seus livros, ele declara: “A literatura védica nos abre uma porta importantíssima na educação da raça humana à qual não podemos traçar nenhum paralelo. De tal forma que quem se preocupa com o crescimento histórico da nossa linguagem e pensamento; quem se preocupa com o primeiro desenvolvimento inteligente da religião e da mitologia; quem se preocupa com o primeiro fundamento da ciência, astronomia, gramática e etimologia; quem se preocupa com os primeiros indícios do pensamento filosófico e da primeira tentativa de regular a vida familiar, a vida da aldeia e do Estado fundamentadas na religião, deve prestar a máxima atenção ao estudo da literatura védica”.
Outro equívoco muito comum é a má compreensão da definição da raça ariana. Adolph Hitler, por exemplo, baseou sua campanha nazista na promessa de reestabelecer a supremacia da raça ariana sobre as demais, pois sabia que esta havia sido a origem das raças indo-europeias. No entanto, a natureza e o caráter do povo ariano são diametralmente opostos ao que Hitler advogou. De acordo com os Vedas, os árias existem desde o início da criação do mundo e são por definição um povo pacífico, compassivo, religioso, justo e democrático. Hitler também usurpou um outro símbolo sagrado para a cultura védica, a suástica, que representa o movimento de eterna expansão do universo e atrai auspiciosidade. Porém, Hitler utilizou este símbolo sagrado para seu propósito maligno de dominação, guerra e genocídio. O povo védico jamais perseguiu nenhum outro povo, promoveu invasões, destruiu templos e igrejas de outras religiões, ou mesmo declarou guerra em nome de Deus. Isso demonstra que a cultura védica representa tanto a sabedoria divina, quanto o amor incondicional, simbolizados pelo famoso princípio da não-violência (ahimsa).
Além dos ingleses, outros povos também invadiram a Índia e tentaram acabar com a cultura védica. Em 325 aC, Alexandre “o Grande” passa a chamar este povo de “hindu”, pelo fato de viverem do outro lado do Rio Sindu, e passa a chamar o território de Índia. Mais tarde, no século XII, com a invasão muçulmana, esta nomenclatura foi oficialmente adotada. No entanto, tal classificação generalizada nunca existiu do ponto de vista dos “indianos”, que não definiam sua identidade a partir dos limites de uma fronteira geográfica, mas sim baseando-se no fato de compartilharem os princípios da cultura védica, cuja essência era definida como sanatana-dharma, ou a religião eterna.
Dentro do território “indiano”, encontramos todo tipo de pessoas, inclusive aquelas que não creem em Deus e por isso não podem ser classificadas como pertencentes ao sanatana-dharma, mas, no entanto, são chamadas erroneamente de hinduístas. Portanto, o termo “hinduísmo” não se refere a uma identidade cultural, muito menos religiosa. Na verdade, este termo se refere apenas àqueles que nasceram dentro dos domínios político-geográficos da fronteira indiana, segundo a visão dos invasores muçulmanos.
Outro fato interessante e pouco divulgado é que encontramos referências às histórias famosas como a de Adão e Eva, do dilúvio e da arca de Noé na literatura védica. Nos Vedas, podemos encontrar informações precisas sobre o passado, presente e futuro da humanidade, além de uma descrição vívida sobre quem é Deus e como Ele cria, mantém e destrói infinitos universos.
Todavia, cabe-nos fazer uma pergunta fundamental: o que a cultura védica tem de tão especial que lhe permite ser a única civilização a perdurar desde os primórdios da criação até hoje? Os costumes, a culinária, a música, a liturgia, os templos, a medicina, a arquitetura, a agricultura, as artes e outros aspectos dessa civilização divina ainda estão vivos e continuam sendo as melhores opções para conduzir a humanidade à harmonia plena e à perfeição espiritual.
A resposta para esta pergunta é simples de se obter, mas talvez não seja tão simples de se compreender, como declara o historiador inglês Dr. Arnold Joseph Toynbee: “Hoje, o progresso científico ocidental uniu fisicamente o mundo. Mas, eles ainda não aprenderam a arte de conhecer e amar uns aos outros. Se desejarmos salvar a humanidade neste momento crucial, nossa única opção é seguir a abordagem hindu".
“As sutilezas dos filósofos indianos fazem com que a maioria dos grandes filósofos europeus pareçam colegiais.”
TS Eliot (Poeta Britânico, Prêmio Nobel de literatura em 1948)
“É, com certeza, um fato notável que quando a civilização ocidental descobriu a Relatividade, aplicou-a na fabricação de bombas atômicas, enquanto que a civilização hindu a aplicou no desenvolvimento de novos estados de consciência.”
Allan Watts (Escritor e teólogo Britânico)
“Pela manhã banho meu intelecto na estupenda e cosmogonal filosofia do Bhagavad-gita, em comparação com a qual nosso mundo moderno e sua literatura parecem insignificantes e triviais.”
Henry David Thoreau (Escritor Norte-americano)
“A maravilha do Bhagavad-gita é a sua verdadeiramente bela revelação da sabedoria da vida que permite a filosofia florescer como religião.”
Herman Hesse (Escritor Alemão, Prêmio Nobel de Literatura em 1946)
“O Bhagavad-gita apresenta a explanação mais sistemática sobre evolução espiritual que agrega inestimável valor à humanidade. Portanto, seu legado eterno pertence não só à Índia, mas a toda a humanidade.”
Aldous Huxley (Escritor Britânico)
“Ao estudarmos a filosofia dos Upanishads, deparamo-nos com nossa presunção ocidental, que é a marca de nossa natureza barbárica. Grandiosas e duradouras civilizações, como a dos hindus, foram construídas sobre a fundação desta filosofia. Eles desenvolveram a partir dela uma disciplina de autoconhecimento, que foi levada ao mais alto grau de refinamento tanto na metafísica quanto na prática.”
Carl Jung (Psiquiatra Suíço)
“Não há religião ou filosofia tão sublime e elevadora quanto o Vedanta.”
Arthur Schopenhauer (Filósofo Alemão)
“Estou convencido de que tudo veio até nós das margens do Ganges: astronomia, astrologia, matemática, reencarnação etc.”
François Voltaire (Filósofo Francês)
“Quando a Índia foi explorada e as maravilhosas riquezas de sua liturgia encontradas, dissipou-se de uma vez por todas o sonho de que o Cristianismo fosse a única revelação.”
Ralph Waldo Emerson (Filósofo Norte-americano)
“A Índia estava presente no início do mundo, quando tudo foi criado. Ela teve a primeira civilização; a primeira acumulação de riqueza material; era repleta de pensadores profundos e de intelecto sutil; Ela tinha minas, madeiras e uma alma fecunda.”
Mark Twain (Escritor Norte-americano)
“Muito antes de haver qualquer aspiração científica moderna para se estimar a idade da Terra, muitos sistemas cronológicos do cosmos já haviam sido planejados pelos sábios da antiguidade. A mais notável dessas escalas de tempo oculto é a dos antigos hindus, cujo conceito surpreendente sobre a idade da Terra, encontra-se no livro Manusmriti.”
Arthur Holmes (Geólogo Britânico)
“A Índia foi a pátria de nossa raça e o sânscrito, a mãe das línguas européias; Ela foi a mãe de nossa filosofia; Mãe, através dos árabes, de grande parte de nossa matemática; Mãe através da vida comunitária, do governo autônomo e da democracia. Mãe Índia é em muitos aspectos a mãe de todos nós.”
Will Durant (Historiador Norte-americano)
“Hoje, o progresso científico ocidental uniu fisicamente o mundo, mas eles ainda não aprenderam a arte de conhecer e amar uns aos outros. Se quisermos salvar a humanidade nesta conjuntura tão crítica, a única opção é a abordagem hindu.”
Dr. Arnold Joseph Toynbee (Historiador Britânico)