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Vencendo o Medo de Ser Livre

Aparente Perfeição


"Minha infância, de certa forma, foi muito boa. Sem maiores adversidades, cresci na zona do sul do Rio, em uma família rica. Eu morava com meus pais numa cobertura em Copacabana e estudava num dos melhores colégios da cidade. Fui o primeiro filho, o primeiro sobrinho e o primeiro neto. Eu tinha amigos leais e divertidos, era popular na escola, bom nos esportes e sempre passava acima da média. Aprendi a respeitar muito bem qualquer pessoa, desde os parentes mais velhos até os empregados da casa. Na nossa casa de campo, onde sempre passávamos as férias, eu brincava tanto com os meninos ricos quanto com os pobres. Nunca julguei minhas amizades pelo status social. Apesar de rica, minha família sempre foi muito humilde e jamais discriminou alguém. E por essa razão, eu era muito respeitado e protegido por todos. Por isso talvez é que eu tenha passado pela infância, adolescência e chegado até hoje sem nunca ter levado ou dado um soco em alguém. Tudo parecia perfeito. Uma vida que muita gente sonha ter. No entanto, conforme eu ia crescendo, percebia que algo não estava bem. Apesar de todo conforto e opulência material, eu sentia um vazio e uma angústia inexplicável que ainda não tinha nome, mas que já me fazia refletir um pouco sobre como seria o meu futuro. Eu comecei a perceber que, apesar de toda riqueza, meus familiares não eram felizes e os conflitos entre eles eram constantes. Foi, então, que comecei a me perguntar se valeria a pena viver daquela maneira pelo resto da minha vida e acabar insatisfeito como eles."

Questionando a Revolução


Aos 11 anos de idade, ganhei um livro sobre a revolução cubana e Che Guevara virou meu ídolo. A partir daí, me tornei um rebelde precoce e inevitavelmente ganhei a fama de questionador. Deixei o cabelo crescer, comecei a ouvir rock n’ roll e a me comportar como um subversivo. É claro que mais tarde deixei de ter Che Guevara como ídolo. Eu costumo dizer num tom tragicômico que “o maior pecado que já cometi foi ter sido comunista”. A ditadura cubana, assim como qualquer outra, não combina em nada com liberdade. Aliás, as ditaduras comunistas são o símbolo máximo da contradição. Mas, é assim que eles se apresentam no mercado, como se fossem os únicos representantes da liberdade. E os jovens, sempre muito imaturos, acabam comprando essa ideia como se fosse verdade.
Mas embora as pessoas não gostassem que eu as questionasse, essa era a forma que eu encontrei para me relacionar com o mundo. De acordo com o vedanta, o primeiro passo na vida espiritual é questionarmos sobre a verdade absoluta: athato brahma jijñasa é o primeiro verso do Vedanta-sutra. É muito comum as pessoas dizerem que o auto conhecimento começa com a análise de si mesmo. Mas na verdade, o vedanta diz que o auto conhecimento começa com a análise daquilo que deu origem a mim. Ou seja, primeiro preciso conhecer a causa para compreender o seu efeito. Então, para saber quem sou eu, devo antes conhecer quem é o meu criador. Mas, como todo bom comunista juvenil, já me sentia um grande intelectual capaz de aconselhar o mundo inteiro e comecei a questionar toda e qualquer autoridade, inclusive a de Deus, como se eu já fosse o próprio dono da verdade. O que eu mais gostava de fazer era chamar aqueles que não concordavam comigo, de alienados. Mal sabia eu, que estava completamente imerso em outro tipo de alienação e estava sendo manipulado por doutrinas “libertárias” que na verdade não representavam na prática os ideais e virtudes que elas tanto promovem. Valores altruístas e de amor universal acabaram virando quase que uma propriedade privada da esquerda revolucionária, como se só eles pudessem desejar o bem do próximo.


 

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Servindo o Próximo


Em 1995, aos 15 anos, começou a despertar a minha espiritualidade. Comecei a praticar Reiki com a intenção de ajudar a curar outras pessoas e passei a dedicar mais do meu tempo ao serviço do próximo. Comecei também a ler mais sobre diferentes religiões, mas o que mais me atraía mesmo eram os livros dos gurus indianos. A minha avó materna já praticava há alguns anos um pouco de meditação e yoga, e acabou me influenciando muito nesse aspecto. Inclusive, foi ela que pagou a minha primeira formação de Reiki. Quando eu ia pra casa dela, ao invés de ficarmos assistindo televisão ou fazendo qualquer programa que um menino normal de 15 anos faria, sentávamos juntos para meditar e passávamos o dia conversando sobre esoterismo, filosofia e política.  Tudo isso me ajudou a compreender mais tarde que é preciso combater dois tipos de aprisionamento: o externo e o interno. Somos aprisionados por um sistema sócio-político, sim, mas também somos aprisionados por nossos próprios desejos. Contudo, a existência do aprisionamento externo está diretamente ligada ao nível de nosso aprisionamento interno. O sistema, na verdade, se aproveita de nossas fraquezas para nos escravizar. Através da falsa-necessidade de satisfazermos inúmeros desejos supérfluos, nos tornamos reféns do sistema. Uma vez conseguindo me libertar desses desejos malignos, não haveria meios pelos quais o sistema pudesse me controlar. Se nos tornarmos desapegados assim como um yogi ou um santo, jamais morderemos as iscas de maya. O culpado sempre somos nós. Tudo o que chega até nós, 100% daquilo que acontece em nossas vidas, é fruto do nosso karma, ou seja, são frutos daquilo que plantamos no passado, seja nessa ou em outras vidas."

 

Morando na Favela


"Mahatma gandhi dizia, “A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. A liberdade é uma questão de consciência.” Mas naquela época, liberdade para mim ainda se resumia a estar na rua. Eu queria me libertar dos meus pais, da escola, das futilidades da vida materialista e da opressão do Estado. Aos 16 anos comecei a participar de diversos movimentos de luta social. E uma vez quase fui preso, quando tentava fechar a avenida Presidente Vargas com outros estudantes que protestavam por melhorias na educação. Me dediquei a um projeto de alfabetização de jovens e adultos e comecei a estudar a fundo diferentes métodos pedagógicos que realmente libertassem o indivíduo, ao invés de condicioná-lo a um sistema opressor que tolhia as liberdades individuais. Eu estava certo de que a transformação da realidade se daria pela educação e não pelas armas. E todo aquele processo foi ficando cada vez mais intenso. Era como se um vulcão estivesse explodindo dentro de mim a cada momento. E toda vez que eu voltava para casa, sentia um choque de realidade. Eu já não pertencia mais àquele meio. Já não conseguia mais viver naquela ilusão. Foi quando comecei a pensar em como sair de casa para nunca mais voltar. Naquela época, meus pais moravam na Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal do Rio, num condomínio de luxo, onde eu tinha todo o conforto, segurança, uma bela paisagem, comidas caras… mas eu sabia que era preciso renunciar a tudo aquilo para me sentir em paz e para ser coerente com os meus ideais. Então, colocando meu sonho diante de mim, decidi tomar uma atitude radical: aos 18 anos saí da casa dos meus pais e fui morar numa favela. Eu queria estar ao lado dos menos favorecidos para poder lutar por uma causa que fosse nossa, de igual para igual. Me juntei a um casal de amigos que eram dirigentes do movimento dos sem teto e fomos morar no morro da Providência, atrás da Central do Brasil, no centro do Rio. Favela sempre foi sinônimo de medo, mas para mim favela agora era sinônimo de liberdade."

 

Vivendo de poesia


Atuando junto ao movimento dos sem teto, o meu papel era invadir casas e terrenos abandonados para transformá-los em moradia popular. Aprendi a abrir cadeados com um grampo de cabelo, aprendi a cortar barras de ferro com uma serra de tungstênio, aprendi a viver comendo arroz e feijão por várias semanas e a conviver com todo tipo de pessoas em situação de risco. Na casa onde morávamos, quase todo dia eu amanhecia com alguém estranho dormindo no chão ao meu lado. Na maioria das vezes eram mendigos ou pais de família desempregados que precisavam de um abrigo temporário. É claro que mais tarde eu também revi tudo isso e entendi como esses movimentos sociais muitas vezes se aproveitam de uma causa nobre para obter benefícios escusos, os quais contradizem a proposta original de serviço altruísta. Portanto, eu só estou relatando esses fatos, por uma questão meramente biográfica, mas não porque ainda acredite neles por princípio. Mas eu também precisava trabalhar e ganhar dinheiro. Só que eu não queria ter que ficar preso a um emprego convencional nem viver das verbas de programas assistencialistas do Governo. Então, a maneira mais fácil e prazerosa que encontrei, e que não comprometeria a minha liberdade, foi produzir meus próprios livros de poesia, xerocá-los e vendê-los por um ou dois reais nas portas dos cinemas, centro-culturais, universidades etc. Assim, ficaria livre para ir aonde e quando eu quisesse trabalhar. Mas apesar de ser muito cansativo e de dar pouco dinheiro, a cada dia eu conquistava um pouco mais a minha tão sonhada liberdade. E nada era mais valioso para mim do que ser livre. Meu estilo de vida me preenchia de tal maneira que a felicidade não cabia dentro de mim. Aquela sensação não tinha preço. Nada no mundo poderia ser trocado por aqueles momentos em que eu comungava com o universo, a minha liberdade sendo conquistada a cada passo. Foram quase 4 anos vivendo de vender poesias."

 

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Sentindo falta de Deus


Nessa mesma época, eu entrei para a Faculdade de filosofia da UERJ. Pensar, ler e questionar sempre foram grandes fontes de inspiração. Mas na academia não se pratica o mesmo tipo de filosofia com o qual eu estava acostumado. E novamente me vi dentro uma prisão. Resultado: eu ia para a faculdade, mas não para estudar, mas sim para me encontrar com os amigos, conspirar contra o sistema e alterar minha consciência com algum enteógeno. O problema dos filósofos acadêmicos é que problematizar acaba sendo mais valorizado do que solucionar. E isso pra mim nunca fez sentido algum. Eu sempre acreditei que a verdade fosse algo a ser alcançado objetivamente. A verdade não é subjetiva. Ela existe por si, de si e para si mesma. Ou seja, ela não depende da minha interpretação para existir ou ser definida. Não podemos achar que por um simples malabarismo mental encontraremos as respostas de que necessitamos para desvendar os mistérios da vida. O Vedanta nos ensina que o mistério da existência é um paradoxo inconcebível. Não nos foi dada a capacidade de resolver o mistério da existência através do exercício da lógica e da retórica. Sobre isso, há um verso do Vedanta-sutra que diz: tarkaprathistanat. "Não é através da lógica e da especulação mental que se compreenderá a Verdade absoluta, mas somente quando esta decidir revelar-se para nós”. O processo para se conhecer o que é transcendental só é possível através de uma revelação. Isto chama-se Apaurusheya. Ou seja, o conhecimento transcendental vem de cima para baixo. Se eu tenho sentidos limitados, não poderei jamais conhecer Deus, a menos que Ele Se revele para mim. Seguindo esse pensamento, abandonei os ideais comunistas e me tornei um pensador livre. Voltei a acreditar em Deus e aos poucos fui me reaproximando Dele e sentindo cada vez mais a Sua falta. Conhecer Deus passou a ser a minha prioridade. Não havia nada mais urgente para mim do que conhecer Deus. Naquele dia, eu caí de joelhos e chorei, implorando por Sua misericórdia. Eu disse a Deus que eu não descansaria enquanto não pudesse conhecê-lo de verdade.

 

Aceitando Krishna


Em 2005 cheguei em Pirenópolis, no interior de Goiás, onde fui morar com uma família que tinha um projeto de comunidade. Lá, minhas atividades se resumiam a coordenar um projeto de escola comunitária, dar aulas de yoga e trabalhar com a enxada capinando outras casas. Até que um dia, fui cuidar do jardim de uma pessoa que era devota de Krishna. Ela era muito simpática e gostava muito de conversar. Ela me disse que o Vaishnavismo, mais conhecido no ocidente como a Consciência de Krishna, era a religião mais antiga do mundo. Achei tudo aquilo muito curioso, mas confesso que tinha um certo preconceito em relação a eles. Eu achava eles meio esquisitos rsrs. Aquelas roupas estranhas, o cabelo raspado com um rabinho, a pintura na testa, sempre cantando e dançando de um jeito meio ridículo, e sempre comendo preparações muito saborosas. Dentro da minha ignorância, eu achava que aquilo tudo não era uma prática espiritual adequada. Afinal de contas, eu era um yogi, me alimentava basicamente de frutas e leite, fazia jejuns, meditava em silêncio e tinha a barba e o cabelo longos. Pra mim, esse era o modelo ideal de espiritualidade. Mas como eu ainda tinha algumas perguntas sem resposta, decidi dar um voto de confiança para saber se eles realmente tinham algo para contribuir na minha busca espiritual. E para a minha surpresa, todas as minhas perguntas foram respondidas perfeitamente. Parecia que não havia nada que essa filosofia não pudesse responder. Então, pedi que sugerissem um livro para me aprofundar um pouco mais e ela me indicou a 'Ciência da Autorealização' de Srila Prabhupada. Automaticamente, tudo foi fazendo sentido, até que um dia entendi. Krishna era o Deus por quem eu tanto esperava. A busca chegava ao fim. Eu finalmente estava entrando na intimidade de Deus. Agora eu conhecia o Seu nome, Sua forma, Seus passatempos e atributos pessoais. Mas ainda faltava encontrar meu mestre.

A Índia e o Guru


Após ler vários livros de Srila AC Bhaktivedanta Swami Prabhupada, recebi um livro de Srila Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj. E só de ver a foto dele no livro, tive a certeza de que ele era o Guru por quem eu tanto ansiava e orava, e que precisava conhecê-lo pessoalmente o mais rápido possível. 9 meses depois, eu já estava na Índia para encontrá-lo. Cheguei em outubro de 2007. Me lembro como se fosse hoje. A chegada no aeroporto e a viagem de trem de Delhi até Vrindavana, a cidade onde Krishna viveu há 5 mil anos. Nada do que tivessem me contado ou eu tivesse visto em vídeos e fotos, poderia chegar perto de descrever o que era aquela realidade. Mas pela primeira vez me senti parte de uma cultura da qual eu não precisaria mais me libertar, pois seria através dela que conquistaria minha libertação final. Muitas pessoas pensam que apenas viajando para a Índia poderão conhecer o que é a espiritualidade. Mas ao chegarem lá, são bombardeadas com tantas filosofias e problemas sociais, que retornam às suas casas mais confusas do que quando saíram. Jamais poderemos saber o que é espiritualidade, simplesmente viajando pela Índia. A espiritualidade só pode ser conhecida através de um mestre espiritual autorealizado, capaz de nos ajudar a despertar nossa visão transcendental e o amor devocional que há dentro de nós. É muito comum ouvirmos pessoas dizendo para buscarmos o mestre interior, que não é preciso ter um mestre vivo, nem ler as escrituras sagradas, pois todas as respostas já estão dentro de nós. Mas o que o Vedanta nos ensina é que somos nascidos em ignorância, encobertos pelos véus de maya e que sozinhos não conseguiremos sair do labirinto da vida. Só um mestre espiritual pode nos ajudar a encontrar a saída. O Svetasvatara Upanishad diz: “É somente para aquele que tem a mesma fé pelo Senhor Supremo e pelo mestre espiritual, que a verdade absoluta será revelada." E foi com essa convicção que fui à Índia encontrar meu mestre. O meu plano era: passar um mês com meu mestre, fazer um curso de professor de yoga nos himalayas e voltar ao Brasil após 3 meses de viagem. Mas, o destino estava prestes a me revelar algo inesperado.

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Dois Oceanos de Compaixão


A primeira vez que vi meu Gurudeva, Srila Bhaktivedanta Narayana Goswami Maharaja, ele chorava de saudades do seu Guru enquanto o glorificava, pois aquela era data em que ele havia deixado esse mundo. Meu coração derreteu e não pude conter as lágrimas. Era um misto de alegria e tristeza somadas a um grande alívio, pois durante toda a minha infância, meu pai sempre me repreendia quando eu chorava, dizendo que 'homem não chora'. Então, naquele momento, tive a certeza de que meu pai espiritual sempre me encorajaria a chorar. Após ser iniciado, fui informado que meu mestre estava me chamando em seus aposentos. Quando entrei, prestei-lhe reverências curvando-me ao chão e toquei seus pés de lótus. Ao me levantar, ainda meio desconcertado e muito nervoso, encontrei meu mestre me olhando com um ar sereno mas bem sério. Ele ficou em silêncio por alguns segundos como se estivesse olhando através de mim. Não havia nada que eu pudesse esconder. Ele sabia tudo sobre mim e conhecia a minha alma. Então, ele pegou uma muda de vestes açafroadas, foi até o pequeno altar que havia ao lado de sua cama e tocou as vestes nas fotos das deidades e do seu mestre. Em seguida, caminhou na minha direção e entregou-as mim. Quando as segurei, ele continuou segurando, enquanto me dizia: "A partir de agora você será um monge e deve prometer seguir todos os preceitos da vida monástica." Senti uma pontada de medo. Eu já havia feito algumas rupturas drásticas no passado, mas nada se comparava a isso. Senti como se fosse uma experiência de quase morte e toda a minha vida passou como um flash na minha cabeça. Não sei por quanto tempo fiquei sem reagir, mas meu mestre continuava olhando pra mim fixamente esperando pela minha resposta. Ele me olhava com seus olhos azuis e profundos, que mais pareciam dois oceanos de compaixão. Mas aos poucos, todo o medo que ainda existia dentro de mim desapareceu completamente. Era como se eu tivesse mergulhado naquele oceano de amor dos olhos dele e lavado a minha alma de todas as impurezas acumuladas em milhares de vidas. Eu renascia. De repente, tudo me pareceu familiar. Fiquei 7 anos sem sair da Índia.

 

Serviço Íntimo ao Mestre


Em 2010, meus pais foram à Índia para conhecer o meu mestre, Srila Bhaktivedanta Narayana Goswami Maharaja. Quando eles entraram no quarto dele, eu disse: "Estes são os meus pais e vieram para te conhecer. Eu sou grato por tudo o que eles fizeram por mim e por isso quero dar a eles o que eu tenho de mais valioso, que é a sua associação." Ele então ergueu a mão abençoando-os e minha mãe começou a chorar. Então, ele olhou para ela e disse: “Eu tenho muito afeto pelo seu filho. Estou cuidando dele. Não se preocupe." E ela começou a chorar ainda mais. Eu nunca tinha me sentido tão amado e protegido em toda minha vida. Antes de conhecer meu mestre, eu não sabia o que era o amor de verdade. Quando o conheci, ele já tinha 87 anos e por 3 anos tive a rara oportunidade de poder serví-lo pessoalmente, antes que ele partisse. Meu mestre foi um dos maiores líderes espirituais de todos os tempos. Ele recebeu o prêmio 'Chama Mundial da Paz' na Inglaterra, recebeu o título de 'Embaixador da Paz' nos EUA, o título de 'Preceptor Espiritual do Milênio' pelo Parlamento Religioso Mundial sediado na Índia, publicou mais de 100 livros e atingiu a incrível marca de viajar ao redor do globo 33 vezes em apenas 16 anos. Por sua misericórdia sem causa, tive a rara oportunidade de poder serví-lo pessoalmente. Mas ele me permitiu prestar esses serviços para o meu próprio benefício, não porque precisasse de mim. Pensar que o mestre espiritual precisa de nossos serviços é uma ofensa. Ele está apenas nos dando a chance de nos purificarmos através do seu serviço. Hoje, essas memórias que tenho ao lado dele são o sentido da minha vida! E eu ainda mantenho a esperança de que ele vai aparecer diante de mim a qualquer momento e me dar algum serviço para fazer. Foi somente para serví-lo que renunciei ao mundo. Seus pés de lótus são a única referência concreta que tenho em minha vida espiritual. Nada é mais valioso para mim do que serví-lo. Até servir a Krishna não faria sentido se não fosse através do meu amado mestre.

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